Em cima do muro


Era uma vez um homem que se encontrou sentado sobre um muro alto. Ele não sabia de qual lado descer, estava indeciso. À sua direita, ele via Jesus, que com amor e insistência dizia: “Desce daí, passa pra cá!”. Do outro lado, à esquerda, o homem enxergava o demônio, que permanecia em silêncio, sem fazer qualquer convite. 

Intrigado, o homem alternava seu olhar entre os dois lados. Cada vez que olhava para Jesus, ouvia o mesmo convite gentil e acolhedor: “Venha pra cá, saia de cima desse muro, aqui é seu lugar, eu tenho o melhor para você!”. Quando olhava para o demônio, o silêncio persistia. Não havia palavras, nem sinais, apenas uma quietude estranha.

A curiosidade do homem foi crescendo. Ele se perguntou: “Por que Jesus, à direita, me chama insistentemente, enquanto o demônio, à esquerda, permanece em silêncio? Por que ele não me convida também?”. Decidiu, então, confrontar o demônio com sua dúvida: “Por que Jesus me convida para o lado dEle, e você não diz nada? Não vai me convidar também?”. O demônio, continuando em silêncio, não lhe respondia.

Persistente, o homem finalmente disse: “Em nome de Jesus, me responda!”. O demônio, forçado a responder ao nome de Jesus, finalmente quebrou o silêncio e disse: “Porque o muro é meu”.


Essa parábola nos revela uma profunda verdade espiritual. O muro, que representa a indecisão e a tentativa de neutralidade, não é um lugar seguro. O muro, na verdade, pertence ao inimigo. Muitas vezes, na vida, nos encontramos em cima do muro, tentando evitar compromissos, adiando decisões importantes ou evitando tomar uma posição clara. Isso se aplica não apenas às grandes decisões da vida, mas também às questões do reino de Deus.

Jesus nos ensina, em Mateus 5:37: "Que a palavra de vocês seja: Sim, sim; não, não. O que passar disso vem do maligno". Essa declaração é um alerta contra a neutralidade ou a ambiguidade no relacionamento com Deus. 

A indecisão é, por si só, uma decisão: permanecer no muro é optar por não estar com Jesus, é ocupar um território que já pertence ao inimigo. Assim, não há espaço para neutralidade no conflito espiritual. Estamos sempre diante de uma escolha: ou seguimos o chamado de Jesus, que nos convida ao caminho da vida, ou, ao hesitarmos e não escolhermos, acabamos por cair nas mãos do inimigo.


A Bíblia é clara sobre essa questão. Jesus, em Lucas 11:23, diz: "Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta espalha". Não existe meio-termo na vida cristã. Ou somos luz no mundo, ou estamos no lado oposto. Esse chamado é para que sejamos firmes em nosso compromisso com o Reino de Deus, comprometidos com Sua verdade e com Sua missão. Não há lugar para neutralidade.

Portanto, a mensagem é clara: desça do muro e tome sua posição. Jesus o chama para o lado dEle, para a vida plena e abundante que Ele tem para você.


Por Pr Márcio Batista
Foto: (pexels/Pixabay) Reprodução / Divulgação

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