Tomada de decisões


O perigo de tomar decisões sem antes ouvir seus colegas


Recebemos a história de um colega pastor que em sua igreja na equipe de liderança teve um furacão devido ao escabroso ato de um dos líderes que tomou algumas decisões sem medir os resultados. 

O ignorante obreiro não considerou os conselhos dados por parte de sua equipe e tomou atitudes que mostraram sua ineficácia como tomador de decisões, irresponsabilidade prejudicando o trabalho de um dos ministérios, demonstrando falta de respeito aos de seus colegas obreiros e provando a sua má gestão, envergonhando e entristecendo seus colegas de trabalho eclesiástico. 

A decepção foi tão grande que o líder de um dos ministérios sentiu-se envergonhado de ter um colega de ministério tão irresponsável. 

Diante deste fato que nos foi enviado, vamos tomá-lo como uma oportunidade de escrever algo a respeito, oferecendo a todos nossos colegas pastores e obreiros alguns conselhos bíblicos. 

Esta narrativa factual ressalta a importância crucial da liderança eficaz na igreja, uma responsabilidade que não deve ser tomada de ânimo leve. Refletindo sobre os conselhos de Paulo a Timóteo, podemos extrair princípios valiosos para uma liderança eclesiástica eficaz.

Em 1ª Timóteo 3, Paulo delineia qualificações para líderes na igreja, enfatizando traços como temperança, ser irrepreensível, hospitaleiro, apto para ensinar e não ser violento. Estas características fundamentais delineiam a necessidade de uma liderança sábia, compassiva e centrada nos ensinamentos de Cristo.

Adicionalmente, a história sublinha a importância de ouvir conselhos e trabalhar em equipe. Paulo aconselha a Timóteo a não ser "leve no impor as mãos a alguém, nem participe dos pecados dos outros" (1ª Timóteo 5:22). A liderança eficaz envolve discernimento e sabedoria ao tomar decisões, bem como humildade para reconhecer a importância do conselho e da colaboração.

Outro princípio vital é encontrado em 2ª Timóteo 2:15, onde Paulo exorta Timóteo a "procurar apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade". A liderança eficaz requer uma busca contínua pela aprovação divina, fundamentada na compreensão e aplicação correta da Palavra de Deus.

A liderança na igreja deve refletir a sabedoria e integridade delineadas nas Escrituras, aprendendo com as experiências e buscando constantemente a aprovação divina.

Aos obreiros, a exortação de Paulo em Colossenses 3:12 é um guia valioso para a construção de uma liderança eficaz na igreja. Como servos eleitos de Deus, somos chamados a revestir-nos de ternos afetos de misericórdia, bondade, humildade, mansidão e longanimidade.

A compaixão e a bondade, destacadas por Paulo, sugerem um chamado para sermos generosos e benevolentes, replicando o amor misericordioso que Deus demonstra para conosco. Ser bondoso é agir com generosidade e benevolência, buscando oportunidades para abençoar aqueles ao nosso redor.

A humildade é uma virtude-chave, recordando-nos de nossa dependência de Deus, evitando atitudes de orgulho ou arrogância. A mansidão destaca a importância de sermos gentis e pacientes, reagindo com respeito mesmo diante de desafios. Tratar os outros com consideração é fundamental.

A longanimidade, que envolve suportar dificuldades com paciência e perseverança, é um aspecto vital da liderança eficaz. Esta virtude, baseada no amor de Deus, nos capacita a enfrentar adversidades com fé.

Ao incorporarmos essas qualidades, nos tornamos testemunhas vivas do amor e da graça de Deus. Que, como obreiros, possamos diariamente buscar crescer nessas virtudes, permitindo que o Espírito Santo nos capacite a viver uma liderança que reflita a imagem do nosso Senhor.

Finalmente, o perigo de tomar decisões sem antes ouvir seus colegas é evidente nas Escrituras. Provérbios 15:22 declara: "Os projetos fracassam pela falta de conselho, mas são bem-sucedidos quando há muitos conselheiros." Este princípio bíblico ressalta a importância de buscar a sabedoria coletiva, reconhecendo que decisões sábias geralmente surgem de uma consulta cuidadosa.

Assim, como obreiros, é crucial cultivar um ambiente de colaboração, onde a opinião e a sabedoria dos colegas sejam valorizadas. Ao ouvirmos uns aos outros, reduzimos a probabilidade de erros, beneficiando-nos da diversidade de perspectivas e experiências. 

Lembremo-nos sempre de que a humildade em ouvir conselhos é um sinal de maturidade espiritual, guiando-nos para decisões mais sábias e alinhadas com a vontade de Deus.


Por Jornalista Márcio Batista
Fotos: (stevepb/pixabay) Reprodução / Divulgação

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