Uma viagem no trem da vida


“Mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo” (Mateus 24.13).


Se compararmos nossa vida a uma viagem de trem, por exemplo, poderemos ter uma comparação extremamente interessante, quando bem interpretada.

Se observarmos bem a nossa vida, ela é como uma viagem de trem, cheia de embarques e desembarques, de pequenos acidentes pelo caminho, de surpresas agradáveis com alguns embarques e desembarques, bem como de tristezas com aqueles que estão indo viajar.

Quando nascemos, comparando com esta viagem de trem, ao embarcarmos em um vagão, encontramos duas pessoas que, acreditamos que farão conosco a viagem até o fim: os nossos pais. E, isto não é verdade, infelizmente, em alguma estação, eles desembarcam, deixando-nos órfãos: proteção, carinho, motivação, amor, instrução e afeto. Mas isso não impede que, durante a viagem, embarquem pessoas interessantes que virão ser especiais para nós: nossos irmãos, amigos e cônjuge.
Muitas pessoas tomam esse trem para um passeio. Outras fazem a viagem experimentando somente tristezas no caminho. E no trem há, também, outras que passam de vagão em vagão, prontas para ajudar quem precisa. Muitos descem e deixam saudades eternas. Outros tantos viajam no trem de tal forma que, quando desocupam seus assentos, ninguém sequer percebe.

Curioso é considerar que alguns passageiros que nos são tão caros acomodam-se em vagões diferentes do nosso. Isso nos obriga fazer essa viagem separados deles, mas isso não nos impede de, com grande dificuldade, atravessarmos nosso vagão e chegarmos até eles. O difícil é aceitarmos que não podemos sentar ao seu lado, pois outra pessoa estará ocupando esse lugar.

Essa viagem é assim: cheia de atropelos, sonhos, decepções, fantasias, descobertas, esperas, expectativas, embarques e desembarques. Sabemos que esse trem jamais volta.

Diante disto, façamos essa viagem da melhor maneira possível, tentando manter um bom relacionamento com todos, procurando em cada um o que tem de melhor, lembrando sempre que, em algum momento do trajeto poderão fraquejar, e, provavelmente, precisaremos entender isso. Jamais acredite que as pessoas ao seu redor são perfeitas, todas têm um ponto fraco que necessita do molde do Espírito Santo. Somos cientes que fraquejamos algumas vezes e, certamente, alguém nos entenderá.

Nesta viagem de trem da vida, o grande mistério é que não sabemos em qual parada desceremos. Neste trem, vamos deixar nossos filhos viajando sozinhos e isto será muito triste. Separar-nos dos amigos que nele fizemos, do nosso cônjuge, esta despedida será para nós muito difícil e dolorida. Mas, como cristãos, nos agarramos na esperança de que, em algum momento, estaremos na estação principal, e teremos a emoção de vê-los chegar também com suas bagagens, que não tinham quando embarcaram. E o que nos deixará felizes é saber que, de alguma forma, colaboraremos para que essa bagagem tenha crescido e se tornado valiosa.

Agora, nesse momento, o trem diminui sua velocidade para que embarquem e desembarquem pessoas. Nossa expectativa aumenta, à medida que o trem vai diminuindo sua velocidade... Quem entrará? Quem sairá?

Nosso desejo é que você pensasse no desembarque deste trem da vida, não representando a morte, mas, também, como o término de uma história, de algo que duas ou mais pessoas construíram e, que, por um motivo ínfimo, deixaram desmoronar. Saiba que nós, temos a capacidade de reconstruir, de recomeçar, vale a pena continuar a viagem. A parada do trem jamais deve ser a oportunidade de sair do vagão e sim de continuar nos propósitos que Deus traçou para a sua vida. Isso é sinal de garra e de luta, significa saber viver, receber e compartilhar o melhor entre todos os passageiros.

Muito por você fazer parte da nossa viagem, e por mais que nossos assentos não estejam lado a lado, com certeza, o vagão é o mesmo.

“Tu, porém, vai até ao fim; porque descansarás, e te levantarás na tua herança, no fim dos dias” (Daniel 12.13).


Por Pr Márcio Batista
Foto: ILoveNY










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